- EAN13
- 9789899776401
- Éditeur
- INDEX ebooks
- Date de publication
- 09/03/2015
- Langue
- portugais
- Fiches UNIMARC
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Livre numérique
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Aide EAN13 : 9789899776401
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Quando vi Paulo pela primeira vez, na sua torre de marfim da rua Barão de São
Borja, eu soube que seríamos amigos. Ele era a ousadia e a cultura refinada
que esta cidade não assimilou, um dandy dos trópicos, o Gay Sunshine de uma
Mauristaadt sodomita nos becos e repressora nas casas de família.
As lembranças que aqui são contadas não abarcam todas as ricas experiências de
uma vida errante, algo de playboy e cigano irresponsável. Mas uma vida cheia
de charme, of course. Tampouco traça um panorama linear do que foi a arte
pernambucana nos anos 70 e 80 — anos em que Paulo, no Diário de Pernambuco,
comentou, divulgou e ajudou artistas locais e de outros estados. À Sombra da
Casa Azul surge como flashes, desabafo, o explícito de um sexo para sempre
condenado ao profano.
Como amigo, pude vivenciar momentos difíceis de Paulo. Como admirador de sua
personalidade e de sua poesia, pude, muitas vezes, sentir orgulho de poder
estar perto de alguém tão sensível e culto. Por isso, é para mim difícil dar
esse modesto depoimento sobre um conjunto que está entrelaçado num mesmo
leitmotiv: vida-obra-dor-esperança.
À Sombra da Casa Azul, para nós que conhecemos intimamente a história de Paulo
Azevedo Chaves, faz com que nos envergonhemos de participar de uma sociedade
que pode guilhotinar talentos e promover embustes com a mesma desenvoltura de
um Tartufo ou Paingloss.
\- Raimundo de Moraes
*[Dr]: Docteur
Borja, eu soube que seríamos amigos. Ele era a ousadia e a cultura refinada
que esta cidade não assimilou, um dandy dos trópicos, o Gay Sunshine de uma
Mauristaadt sodomita nos becos e repressora nas casas de família.
As lembranças que aqui são contadas não abarcam todas as ricas experiências de
uma vida errante, algo de playboy e cigano irresponsável. Mas uma vida cheia
de charme, of course. Tampouco traça um panorama linear do que foi a arte
pernambucana nos anos 70 e 80 — anos em que Paulo, no Diário de Pernambuco,
comentou, divulgou e ajudou artistas locais e de outros estados. À Sombra da
Casa Azul surge como flashes, desabafo, o explícito de um sexo para sempre
condenado ao profano.
Como amigo, pude vivenciar momentos difíceis de Paulo. Como admirador de sua
personalidade e de sua poesia, pude, muitas vezes, sentir orgulho de poder
estar perto de alguém tão sensível e culto. Por isso, é para mim difícil dar
esse modesto depoimento sobre um conjunto que está entrelaçado num mesmo
leitmotiv: vida-obra-dor-esperança.
À Sombra da Casa Azul, para nós que conhecemos intimamente a história de Paulo
Azevedo Chaves, faz com que nos envergonhemos de participar de uma sociedade
que pode guilhotinar talentos e promover embustes com a mesma desenvoltura de
um Tartufo ou Paingloss.
\- Raimundo de Moraes
*[Dr]: Docteur
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